quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A obesidade infantil e a importância do exercício físico






  

                                               
                                                     Escola X Educador Físico

    A obesidade infantil torna-se um sério problema de saúde pública, que vem aumentando em todas as camadas sociais da população. Prevenir a obesidade infantil significa diminuir de uma forma racional à incidência de doenças crônico-degenerativas. Na sociedade, a escola é um local importante onde esse trabalho de prevenção pode ser realizado, através de atividades interdisciplinares que foquem nos conhecimentos sobre saúde, com estímulos para a prática de exercícios físicos fora da escola e melhoria dos hábitos alimentares.
    A escola é sugerida como o local mais apropriado para as intervenções relacionadas à saúde, já que é o local mais acessível para crianças e adolescentes.A escola e a educação física escolar devem oferecer uma educação voltada para a saúde, já que se identificam com interesses relacionados à saúde pública.
    Sendo a obesidade uma preocupação da saúde pública, é necessário proporcionar às crianças conceitos relacionados à aptidão física, atividade física e saúde.
    A aptidão física é entendida como a capacidade geral do indivíduo e seu rendimento e disposição para um determinado trabalho (WEINECK, 2003). E conceituado como a saúde individual, sendo relacionada a fatores hereditários, ambientais e de estilo de vida. Para ser um indivíduo saudável é necessário ter equilíbrio nos hábitos alimentares, no nível de estresse e nas atividades físicas da vida diária. Exercício físico pode ser entendido como uma atividade física planejada e estruturada de maneira sistemática que tem como objetivo promover mudanças em alguns dos componentes da aptidão física.Dessa forma, é importante ressaltar a diferença entre os conceitos de exercício físico e atividade física, pois o segundo termo é conceituado como qualquer movimentação corporal que tenha um gasto calórico acima do repouso.
    A escola é a porta de entrada para encorajar o aumento da atividade física na vida diária e estimular o exercício físico regular na vida de uma criança e, por isso, o professor de educação física tem a responsabilidade de além de apresentar os fundamentos esportivos a uma criança ou adolescente, mostrar a importância do exercício físico em sua vida como uma forma de prevenção da obesidade e outras doenças.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

LESÕES MAIS COMUNS ENTRE OS CORREDORES E ESPORTISTAS BISSEXTOS



Por Dra. Ana Paula Simões


Os atletas bissextos, ou mais conhecidos como "atletas de fim de semana”, são os tipos mais comuns de praticantes de atividades físicas na população

, já que não praticam com a frequência adequada, ou somente no sábado e/ ou domingo. São aqueles que na segunda-feira vem ao consultório com dores musculares, ou então muito provavelmente sentindo dificuldade em andar e agachar, além de sentir a perna pesada, dura ou até mesmo “cansada”. Isso sem falar nas lesões!

Nestes casos, as lesões esportivas acabam sendo diferentes quando comparadas aos dos atletas de alto nível ou até mesmo os amadores que praticam regularmente, os quais tem uma planinlha de treinamento e fazem um trabalho de fortalecimento e preparo físico adequados.

Quando questionados no consultório sobre o esporte que praticam comumente a resposta é: “Eu ando no fim de semana no parque, passeio com o cachorro na rua, limpo a casa toda, ando muito para chegar no trabalho, ou jogo uma pelada com os amigos toda semana!". São algumas das frases comuns que ouço como resposta.

Estamos falando sobre isso porque a falta de treinamento adequado expõe esses “atletas" à lesões ainda mais complicadas do que as que já conhecemos. Essa coluna pretende falar com todos os tipos de atletas, inclusive os de fim de semana, para alertar a todos e, quem sabe, prevenir o acontecimento de lesões que prejudicam a saúde e performance.

Hoje em dia, o atleta profissional sofre com a carga de treinamentos e o atleta de fim de semana sofre com a falta de condicionamento físico, que é um fator de sobrecarga diária que compromete o rendimento e potencializa a lesão. Essas lesões podem ser divididas quanto ao tempo, em "agudas" e "crônicas", e quanto ao mecanismo, em "traumáticas" e "atraumáticas".

Lesão aguda tem duração curta e surge rapidamente. Lesão crônica é de longa duração e ocorre de forma persiste e lenta.

- As lesões agudas são lesões geralmente traumáticas súbitas e intensas que ocorrem imediatamente, ou dentro de algumas horas e provocam dor súbita. A maioria das dores agudas resultam de impacto ou trauma como queda, entorse ou colisão, sendo bastante óbvia a causa da lesão provocando inflamação: dor, vermelhidão, calor, inchaço (edema).

- Lesões crônicas, por outro lado, podem ser sutis e de desenvolvimento lento. Por vezes surgem e desaparecem, e podem provocar uma dor pouco menos intensa. Normalmente são resultado de excesso de uso, mas também podem desenvolver-se quando uma lesão aguda não é tratada de forma apropriada. Ou mantem-se a prática inadequada do esporte.

- As lesões traumáticas são provenientes de um trauma causado por contato direto ou indireto. Representam a maioria dos acidentes em esportes como futebol, basquete, vôlei, tênis, corrida, etc, por causa da natureza dinâmica, da colisão, dos desníveis do percurso e de alta velocidade desses esportes. Estas lesões variam de contusões, passando pelos estiramentos e as rupturas musculares, fraturas, entorses luxações e até concussões.

- As lesões atraumáticas são aquelas causadas principalmente por sobrecarga nos tecidos como as tendinitis, canelites, fasceites e as famosas bursites

Fonte : http://web.taktos.com.br/new/index.php?option=com_content&view=article&id=117%3Alesoes-mais-comuns-entre-os-corredores-e-esportistas-bissextos&catid=43%3Alesoes-no-esporte&Itemid=76

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Musculação para crianças e adolescentes




Apesar de estarmos no século XXI, ainda existem pessoas, e entre elas até professores de Educação Física, que teimam na proibição de crianças e adolescentes quando se trata de praticar musculação.
Uma das frases que mais escuto é: “A musculação vai fechar a epífise dos ossos e atrapalhar o crescimento” e quando pergunto quem falou isso as respostas são sempre a mesma “Ouvi falar” ou “Dizem”.
Ora, “Ouvi Falar” e “Dizem” não são estudiosos de Anatomia, e nunca vi nenhum artigo deles. 
Em português não existem muitos trabalhos científicos sobre os efeitos da musculação em crianças, mas entre os que eu conheço, cujas fontes cito abaixo, não encontraram nenhuma prova que possa proibir uma criança ou adolescente de praticar musculação.
Pelo contrário, nos resultados da pesquisa de LOPES, Andrei Guilherme (2002) consta: “Por outro lado, pôde ser observada uma alteração significativa nos resultados dos testes antropométricos e motores realizados nas crianças da amostra, onde foi possível constatar um incremento nas capacidades físicas necessárias para o dia a dia”
Aliás, temos um problema, não em relação à criança, mas sim em relação aos pais, que levados pela enxurrada de informações sem bases científicas impedem seus filhos de praticar uma atividade muito benéfica no desenvolvimento das habilidades motoras dos seus filhos.
E mais alguns benefícios que crianças e adolescentes podem ter na prática da musculação foram listados por RISSO et all (1999):
1) aumento da força muscular
2) melhora nos testes motores de aptidão física e performance
3) melhoria no desempenho esportivo
4) diminuição de ocorrência de lesões
5) melhoria no desempenho atlético
6) manutenção da saúde
7) redução do estresse emocional
8) redução no tempo de recuperação de lesões
9) auxiliar na prevenção de doenças músculo-esqueléticas
10) aumento da auto-estima, imagem e consciência corporal
11) melhora nas medidas de composição corporal
12) diminuição da pressão sanguínea de adolescentes hipertensos
13) melhoria nos níveis de lipídios sanguíneos
14) diminuição da gordura corporal
No trabalho de Andrei Guilherme Lopes foi feito um exame radiológico dos cotovelos e joelhos das crianças selecionadas, devidamente autorizado pelos pais, depois as crianças passaram por um período de 4 semanas de adaptação ao treinamento e logo a seguir, 12 semanas de treinamento de força com 80% da carga máxima avaliada pelo teste de repetição máxima proposta na literatura por Roberts & Weider 1995.
Após esse período, as crianças repetiram as avaliações radiológicas e foram comparados os resultados pré e pós-treinamento de força, ficou claro que não houve alterações das epífises dos ossos longos.
O que pode realmente atrapalhar o crescimento seria uma lesão na epífise dos ossos longos, e é mais fácil uma criança se lesionar jogando bola com seus amigos do que numa sala de musculação sob uma supervisão competente.

No entanto, qualquer criança ou adolescente normal corre, salta e arremessa e nem por isso deixa de crescer, o problema está no excesso, na orientação inadequada e até na falta de atividade física, pois é ela que acelera o crescimento longitudinal, a espessura dos ossos, a liberação da testosterona e do hormônio de crescimento.
Esses benefícios são ainda mais evidentes na musculação. Fatos comprovado na literatura por Risso et all 1999, Weineck 1999 e Fleck & Kraemer 1999.
É lógico que não quero dizer que as crianças e adolescentes possam sair por aí fazendo musculação de qualquer jeito,  alguns cuidados devem ser tomados e em primeiro lugar está a avaliação médica. A criança deve estar física e psicologicamente preparada.
Em segundo lugar temos que encontrar academias onde os equipamentos possam ser adequados ao tamanho das crianças e que disponham de profissionais capacitados a ensinar as técnicas corretas de execução dos exercícios.
Algumas questões precisam ser levadas em consideração antes que a criança ou adolescente inicie um programa de treinamento de força:
Estar fisicamente e psicologicamente preparada para treinar.
Qual programa ela deve seguir.
Conhecer as técnicas corretas dos exercícios.
Os assistentes conhecem os procedimentos de segurança.
A criança/adolescente conhece os procedimentos de segurança.
O equipamento se ajusta a criança/adolescente.
O programa de força é equilibrado, ou seja, participa de atividades cardiovasculares e pratica outros esportes.
Cada sessão de treinamento dura de 45 à 60 minutos com a realização de três sessões por semana. O período de adaptação deverá ser de aproximadamente 4 semanas.
Orientações básicas para progressão dos exercícios de força para crianças de acordo com a faixa etária.
de 5 a 7 anos: exercícios básicos com pouco ou nenhum peso desenvolvendo o conceito de uma sessão de treinamento; ensinar as técnicas dos exercícios; utilizar o peso do corpo para alguns exercícios; exercícios com parceiros e cargas leves; volume baixo de treinamento.
de 8 a 10 anos: aumentar gradualmente o número de exercícios; praticar técnica de todos os levantamentos; iniciar incremento gradual, progressivo e de carga nos exercícios; manter exercícios simples; aumentar o volume de treino lentamente; monitorar a tolerância ao stress no exercício.
de 11 a 13 anos: ensinar todas as técnicas básicas dos exercícios; aumentar o peso gradativamente nos exercícios; enfatizar a técnica nos exercícios; introdução de exercícios avançados com pouca ou nenhuma carga.
de 14 a 15 anos: programa de força mais avançado progressivamente; incluir componentes específicos do esporte; enfatizar a técnica e aumentar o volume.
de 16 anos ou mais: nível inicial de programas para adultos depois que toda a experiência anterior tenha sido ganha.
Obs.: Se uma criança em uma determinada faixa etária não tem experiência anterior a progressão deve ser iniciada em níveis anteriores, e depois para níveis mais avançados conforme a tolerância ao exercício, a destreza e o entendimento permitirem. (FLECK & KRAEMER, 1999).
Para que programa de força tenha sucesso deve ficar claro para os praticantes e assistentes as expectativas e objetivos realistas, evitando, por exemplo, criar a perspectiva do aumento do volume muscular em crianças que ainda não possuam maturação para tal “acontecimento” fisiológico. Também alertá-las para evitarem a concorrência com outros colegas de treino, pois as adaptações ocorrem em ritmos diferentes. Deve ficar claro que o propósito do treinamento é estimular o potencial genético de cada um em relação a aptidão física.” 
Finalmente, a musculação para criança e adolescente  é  uma atividade física, que embora os estudos provem que ela seja até benéfica, ainda é tratada como vilã do crescimento por pais e professores de educação física mal informados, e apenas a informação correta é capaz de derrubar esse tabu, portanto,  passe o conhecimento adiante.

Fontes:
LOPES, Andrei Guilherme. Possíveis alterações epifisárias em função do treinamento de força muscular em pré-puberes. 2002. Monografia (Curso de Educação Física) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina. 2002. 38p.
MACHADO, Dalmo Roberto Lopes. Maturação esquelética e desempenho motor em crianças e adolescentes. 2004. 91 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.
FLECK, Steven J. Fundamentos do Treinamento de Força Muscular – 2ª edição – Porto Alegre – R.S. – Editora Artes Médicas Sul Ltda – 1999;
MCARDLE, William D., Katch I. Frank & Katch L. Victor. – Fisiologia do Exercício. Energia, Nutrição e Desempenho Humano – Ed. Guanabara Koogan S. A. – 4ª edição – Rio de Janeiro R.J. 1998;
ZATSIORSKY, Vladimir M. – Ciência e Prática do Treinamento de Força – São Paulo – S.P. – Phorte Editora Ltda, 1999.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Palestra na UNINOVE - dia 13/11/2012

 Palestra na UNINOVE - dia 13/11/2012

 TEMA: 

" Drogas,Esporte e Sociedade. O papel do Educador Físico dentro deste contexto."  






segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Curso de Preparação Física

Certificação em Preparação Física para esportes individuais e coletivos " 

DIA 09/10 DE MARÇO DE 2013 

Um conteúdo atual e inovador!


... Treinamento desportivo
... Treinamento Concorrente
... Treinamento das Capacidades Biomotoras (condicionantes e coordenativas)
.... Estudo das Capacidades Biomotoras
.... Interconexão das capacidades Biomotoras
... Periodização
... Aula na prática no Parque Villa-Lobos (dia 10)
... e muito mais.

Local da aula teórica: Sábado

Rua Teerâ 935 - Vila Leopoldina

Aula Prática : Domingo

Parque Villa Lobos

Informações : leonardo@rhcorrida.com
http://preparadorfisicoleonardolima.blogspot.com.br/

Investimento : R$ 120,00

Abraços.