quarta-feira, 30 de maio de 2012

Carboidrato é muito importante para a saúde

Carboidrato é muito importante para a saúde

Por Leonardo Lima


     Um dos grandes erros da população seja desportiva ou não, é o mito do carboidrato engorda. A questão sobre este nutriente não é se ele engorda ou não. Mas sim do papel fundamental que ele carrega para manter as funções fisiológicas equilibradas.  
    O carboidrato na sua forma mais simples é chamado de glicose. A glicose por sua vez funciona como o ponto principal para mantermos a nossa energia fisiológica dentro dos parametros de normalidade funcionais em nosso metabolismo. Todas as nossas funções em que envolvem o nosso Sistema Nervoso ( Principalmente impulsos nervosos e maquinária encefálica) e distribuição de oxigênio pelas hemácias dependem exclusivamente a glicose como fonte de energia. 
   Quando nos deparamos com jejum prolongado durante o dia(hábito muito comum para os amantes do emagrecimento custe o que custar), o nosso organismo irá tentar de todas as maneiras buscar fontes alternativas de glicose. É neste ponto uma via que não deveria ser utilizada para este fim é utilizada, a proteína. A protéina que compõem a nossa estrutura muscular é agora utilizada para tentar de todas as maneiras manter a glicemia funcional metabólica em homeostásia. 
 À partir disto não só a nossa massa muscular se compromete, mas também todo o nosso Sistema Nervoso e metabolismo em geral. Há de se lembrar que a produção de amônia se eleva consideravelmente em nosso organismo (substância tóxica), causando irritabilidade,perda cognitiva, perda de capacidade de neurotransmissores e comportamentos sociais alterados. 
 Por tanto não seja radical em nada. Faça tudo com equilíbrio ! E os resultados serão alcançados com segurança e eficiência.          
   
   

domingo, 27 de maio de 2012

O que é VO2 Máximo?


O que é VO2 Max?

Por Leonardo Lima

Muitos estudos atuais mostram que a eficiência do sistema cardirespiratório pode ser avaliada medindo-se a potência aeróbia. Essa potência se refere à capacidade funcional do sistema de absorção, transporte, entrega e utilização de oxigênio aos tecidos durante exercícios físicos. Todo esse processo pode ser resumido em um único nome, volume máximo ou consumo máximo de oxigênio (VO2max).
Esse VO2max é o que caracteriza fundamentalmente o conjunto de funções do sistema cardiorrespiratório, e já foi uma medida muito utilizada na prescrição de exercícios aeróbios, mas hoje em dia sua utilização se limita apenas a classificar indivíduos quanto a padrões de saúde.
Para THODEN (1991), o VO2max se caracteriza por ser a quantidade máxima que um organismo estimulado tem de captar oxigênio do ar atmosférico, transportá-lo pelo sistema cardiovascular e utilizá-lo a nível celular em uma unidade de tempo.
Podemos resumir a importância de medir o VO2max da seguinte maneira:
  • É aceito internacionalmente como o melhor parâmetro fisiológico para avaliar, em conjunto a capacidade funcional do sistema cardirespiratório;
  • É um parâmetro fisiológico e metabólico para avaliar a capacidade metabólica oxidativa (aeróbia) durante trabalhos musculares acima do metabolismo basal;
  • É um parâmetro ergométrico utilizado para avaliação da capacidade de trabalho do homem, em diferentes atividades ocupacionais (Medicina do Trabalho);
  • É um parâmetro fisiológico para prescrever atividades físicas sob forma de condicionamento físico normal (sedentários, obesos e idosos) ou sob forma de treinamento físico (preparação física de atletas) ou ainda sob forma de atividades ocupacionais no ambiente de trabalho;
  • É usado em estudos epidemiológicos para comparação de capacidade física entre povos e atletas.
O VO2max pode ser e expresso em valores absolutos em litros por minuto (l.min-1), sendo nesse caso mensurado de uma forma bruta ou relativo em mililitros por kilograma por minuto (ml.kg.-1min.-1) que para ser encontrada basta dividir a medida absoluta pela massa corporal do indivíduo avaliado.
A Tabela abaixo mostra a classificação do VO2max de forma relativa em ml.kg.-1min.-1 da American Heart Association, para homens e mulheres em diferentes idades. 
Para mensurar o VO2max é necessário à aplicação de testes ergométricos que podem ser máximos e submáximos, diretos e indiretos utilizando diferentes ergômetros como a bicicleta ergométrica (mecânica ou eletromagnética), a esteira rolante, o banco de madeira, o remo-ergômetro (específico para remadores), a piscina ergométrica (específica para nadadores) entre outros que podem ser adaptados para se aproximar o máximo possível de algumas modalidades esportivas.
Para o teste direto é necessário o emprego da ergoespirometria, um procedimento que analisa de uma forma direta e precisa diversas variáveis como consumo de oxigênio (VO2), a produção de gás carbônico (VCO2) e a ventilação (VE) associada ao controle de carga, geralmente esses testes são realizados com protocolos de cargas progressivas que levam o avaliado até a exaustão. Esse tipo de analise é um procedimento mais utilizado em laboratórios devido ao custo bem elevado, e por se tratar de um teste máximo automaticamente exige a presença de um médico em sua aplicação.
Os testes indiretos em sua maioria são baseados na relação linear entre consumo de oxigênio (VO2) e freqüência cardíaca (FC), e para estimar o VO2max utiliza-se à resposta da FC relativa à sobrecarga de trabalho que o indivíduo avaliado foi submetido. Esses testes exigem menos recursos financeiros, geralmente são submáximos, os protocolos são de fácil aplicação e por isso são muito utilizados em academias, clubes e outras instituições que prestam serviços de atividade física.
Referências Bibliográficas:
  • ASTRAND, P. O. & RODAHL K. Tratado de fisiologia do exercício. Rio de Janeiro, RJ, Editora Guanabara Koogan. 1980.
  • DENADAI, B.S. Consumo máximo de oxigênio: fatores determinantes e limitantes. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, v.1, n.1, p.85-94, 1995.
  • FARINATTI, P.T.V. & MONTEIRO, W.D. Fisiologia e avaliação funcional. Rio de Janeiro, RJ, Editora Sprint, 1999.
  • FREITAS, R.H.R. & COSTA, V.C. Ergometria e reabilitação em cardiologia Rio de Janeiro, RJ, Editora Medsi, 1992.
  • JOÃO, C.B. & RONALDO, S.G. Avaliação & prescrição de atividade física: guia prático Editora Shape 1998.
  • KISS, M. A. P. D. M. Avaliação em educação física: aspectos biológicos e educacionais São Paulo, SP, Editora Manole, 1987.
  • ROBERGS R.A. & ROBERTS, S.O. Princípios fundamentais de fisiologia do exercício : para aptidão, desempenho e saúde São Paulo, SP, Editora Phorte, 2002
  • MCARDLE, W. D. , KATCH, F. I. , KATCH, V. L. Fisiologia do exercício : energia, nutrição e desempenho humano Rio de Janeiro, RJ, Editora Guanabara Koogan, 1998
  • THODEN,J.S. Evaluation the aerobic power. In: MacDOUGALL, J.D.; WENGER, H.A.; GREEN, H.J. eds. Physiological testing of the high performance athete. Champaign, Human Kinetics, 1991

Respiração na corrida de rua

Respiração na corrida 
Por Leonardo Lima




Quando um caminhante ou corredor resolve se “aventurar” nos treinamentos, certamente, sua experiência será uma grande aventura. Sentir os primeiros metros do exercício, muitas vezes, faz o praticante se lembrar de todas as maluquices que passou e por tantas vezes penou em aventuradas desmedidas.
É nestes primeiros instantes do exercício, sofrido, que rodamos parte do filme de nossas vidas. Isso se dá pelo fato de estarmos com a respiração ofegante, até que nos aqueçamos e, algumas vezes, até que interrompamos o exercício, caso tenhamos resolvido ir um pouco além.
Mas, será que situações como estas fazem bem? É sabido que nos primeiros 1000 metros o corpo ainda está se adaptando à prática do dia, tenta administrar um débito cardiorrespiratório capaz de constranger qualquer cidadão, caminhante ou corredor. É também nos primeiros instantes da corrida, que podemos ter problemas, quando esta prática se dá nas primeiras horas da manhã. Em maratonas, quando o corredor “perdeu a mão”, entrou num ritmo desmedido, aí sim, sua respiração desregulada, suas forças diminuídas, todos os momentos ruins de sua vida podem passar pela sua cabeça.
Respira! Grita o treinador. Respira que passa, diz o amigo. Respira para melhorar seu esforço! Respira para relaxar, respira e respira.
Esta costumeira mensagem traduz, em poucas letras, todo o sentido do ato e da necessidade principal do corpo que é respirar.
Mas, o que vem a ser a respiração? Desmedida, equilibrada e branda, natural, pelo nariz ou pela boca, pelos poros e por onde mais for necessário e possível.
Vamos entender o que vem a ser a respiração?
Respiração é o ato de uma função coordenada de nariz, boca e poros, que procuram corresponder com o conjunto de atividades do aparelho cardiorrespiratório, composto por pulmões e coração que, por sua vez, procuram corresponder com o intrincado sistema magnífico de artérias, veias e capilares, conduzindo sangue enriquecido para um conjunto de bilhares de células, no momento do esforço inicial ou intenso da prática de exercício, via atividades de contração muscular, sempre coordenadas pelo cérebro, para andar ou correr, que requer o reequilíbrio de seu metabolismo.
Mas, por que desequilibramos a respiração? É favorável desequilibrá-la? Até que ponto é importante manter este desequilíbrio? O que colhemos com este desequilíbrio?
O desequilíbrio provoca uma função especifica na natureza humana, de movimentação e melhora dos aparelhos motores e metabólicos. É a partir dos movimentos mais dinâmicos que conseguimos melhorar as nossas funções físicas e adicionar o bem estar em nossa rotina diária. Para entrar em débito cardiorrespiratório, basta que executemos um exercício que está acima de nossa condição aeróbica (ponto de descompensação, ou limiar 2).
Pronto, aí está como é costumeiro ouvir, o respirar sofrido de muita gente em academias, parques, praias e ruas. Mas, o desequilíbrio, como todos os atos humanos, tem seu ponto ruim e o seu ponto bom. Respirar intensamente pode ser favorável para recuperarmos uma melhor oxigenação celular e aumentar a condição cardiorrespiratória para correr, por exemplo, contínua e intensamente. Mas esta é uma função específica e deve ser trabalhada sob a orientação de um profissional competente.



O trabalho de caminhada e corrida intensas deve ter um objetivo especifico. O exemplo da praticidade desta função; melhorar a função cardíaca e metabólica. Estes tipos de atividades proporcionam aumento do nível de condicionamento físico e quanto mais intenso for, melhor e mais específica será sua utilidade para o praticante. Ou seja, não se deve praticar intensidade por simples prazer de se ver super ofegante, mas sim, com a finalidade objetiva dos seus resultados de exames médicos (ergo espirometria ou ergonometria), que determinarão o que é médio e o que é forte em sua pratica esportiva.
Então, para entender o que vem a ser uma respiração desmedida, é só imaginar que ao se embrenhar em treinamento intenso, você poderá sentir, além da sua respiração muito intensa, uma sensação de ânsia de vômito, sua musculatura ficar tensa e dolorida por alguns dias (quem nunca experimentou a velha e conhecida contratura dos gastrocnêmicos, vulgo “batata das pernas”?), quando você terá dificuldade em correr leve, suas noites de sono serão penosas e em alguns casos mais demorados de práticas intensas, e pela falta de adaptação fisiológica, seu humor poderá mudar (é o sinal de over training).
Quando andamos ou corremos para preencher nossas planilhas de treinos e construir a base de treinos, a respiração para estas situações será de equilíbrio, natural e branda. Por quê? Sentir o corpo numa prática equilibrada entre a absorção de oxigênio e a necessidade celular para manter-se em movimento, permite aumentar a irrigação geral em nosso corpo, requer das reservas de gordura a energia providencial que tanto almejamos (limiar 1 ou ponto de compensação). Este gesto diminui as medidas corporais e alimentam nossos sonhos de correr um dia, uma maratona.
Respirar pela boca, pelo nariz e pelos poros também...
A respiração é natural e deve ser facilitada para que seja realizada pelo nariz, quando o ritmo for adequado a tal prática respiratória; pela boca, quando for necessário e diante de esforços maiores, onde o desequilíbrio fizer parte do nosso exercício; pelos poros é por onde se dá boa parte das trocas de vapor e ar inalado. É, portanto, necessário, que se tenham os poros sempre desimpedidos, o que facilita a respiração. Alguns tecidos tecnológicos podem melhorar a função da pele neste quesito.
Três tipos de Caminhada e Corrida podem definir os padrões:
Correr por diversão
Caminhar ou correr com os amigos. Não requer muito esforço e deve ter uma conotação lúdica.
Corrida intensa
A intensidade começará com a seguinte pergunta: Por quê? Se desejar motivar e melhorar a sua prática, então este será o caminho, uma caminhada ou corrida individual e intensa.
Velocidade Pré- estabelecida
Correr com a finalidade especifica e esportiva requer treinos intensos e compatíveis com a sua prova. Por exemplo, treinar tiros de 100 metros, quando você deseja realizar uma maratona, via de regra, pode significar treino insuficiente. Se você deseja realizar treinos para uma prova de 5 km, então, treinar tiros de 15 km, pode ser um tanto dispendioso.
Treine pouco, muito ou intenso, mas treine especificamente para a prova escolhida. Sua respiração agradece.


Prof.Msd.Leonardo Lima
Cref 023.984 G/SP
Fisiologista do exercício
Running Health Assessoria Esportiva
http://www.rhcorrida.com/ 

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Acerte na hidratação e melhore o desempenho da corrida

  

Acerte na hidratação e melhore o desempenho da corrida 


Especialistas ensinam como deve ser feita a ingestão de líquidos antes, durante e após a prova
Todas as reações químicas que acontecem no corpo humano, seja em repouso ou em atividade, precisam de água. É por isso que a hidratação nunca deve ser desconsiderada na preparação para uma prova de corrida. Quem inicia uma atividade física com um volume de água corporal abaixo do normal pode ficar com a frequência cardíaca acelerada, sentir tontura e até desmaiar. 
"Esses sinais do corpo indicam ao atleta que é preciso interromper a atividade para que, com muito esforço, o organismo se recupere. Caso o atleta não pare, os prejuízos à saúde podem ser irreversíveis", alerta o preparador físico Leonardo Lima [CREF 023984-G/SP], diretor técnico da Running Health Assessoria Esportiva, em São Paulo. Confira as dicas de especialistas para se hidratar adequadamente antes de correr. 
Na semana da prova 
A nutricionista Flávia Morais, coordenadora do departamento de nutrição da rede Mundo Verde, conta que não há recomendação específica para o mês ou semana que antecede a competição. "Consuma aproximadamente 35 ml de líquido por quilo de peso ao dia, para manter o organismo diariamente hidratado", sugere. Com esse cálculo, uma pessoa de 65 quilos deve tomar por volta de dois litros de água por dia.  
No dia da corrida
De nada adianta ingerir muita água só no dia da prova. Isso provavelmente levará a um desconforto gastrointestinal ou à necessidade de eliminar o exagero durante a prova sob a forma de urina, o que pode prejudicar o desempenho do atleta. 
A nutricionista Flávia orienta a ingerir pelo menos 500 ml de líquido antes de dormir, no dia que antecede a prova, e pelo menos outros 500 ml pela manhã, logo ao acordar. "Também é aconselhável ingerir de 500 a 1000 ml de líquidos cerca de uma hora antes da competição", afirma. 
Alimentos que hidratam 
Flávia Morais aconselha o consumo de frutas ricas em água como a melancia, o melão e o abacaxi. "Elas servem de coadjuvantes no processo de hidratação, mas não substituem o consumo de água", explica. A especialista também recomenda evitar o consumo de grandes volumes de água junto às refeições, pois isso pode atrapalhar a digestão dos alimentos e levar a desconfortos, como a sensação de estufamento abdominal. 
Durante a prova 
Sentir sede durante a prova mostra que o corpo está sofrendo com a desidratação. Em provas curtas, como a de 100 metros, é impossível tomar um gole de água durante corrida. Mas, nas provas mais longas, o atleta poderá se beneficiar com ingestão de água, principalmente em percursos que variam de 30 minutos (aproximadamente 10 km) a duas horas (maratonas).  
Água ou isotônico? 
O preparador físico Leonardo Lima explica que provas com menos de uma hora de duração precisam de reposição apenas de água. Se o tempo for maior que uma hora, ocorrem alguns desequilíbrios de sais minerais, como o sódio, e torna-se necessário ingerir bebidas isotônicas, que, além da água, repõem carboidratos e sais minerais. "Mas o isotônico não deve ser consumido sem a autorização de um nutricionista, pois abusar dessas bebidas pode trazer complicações renais e outras perturbações fisiológicas", lembra o profissional. 
Ele também faz uma alerta para passar longe do refrigerante: "Apesar de alguns componentes do refrigerante, como a glicose, se converterem em energia para o organismo, outros somente trarão malefícios".  
Como levar sua bebida para a prova 
As provas de corrida costuma ter pontos de distribuição da água. "É importante que eles sejam entregues em copos plásticos lacrados", explica o preparador físico Leonardo. Em provas em que não há essa organização, o melhor é levar uma garrafa térmica de corrida. A água deve ser gelada para que o esvaziamento gástrico seja mais rápido, sem prejudicar a digestão. 
Diminua o ritmo para ingerir líquidos
O praticante amador deve beber a água ou isotônico com calma. Diminuir o ritmo e a frequência respiratória, para tomar o líquido com segurança, é a melhor opção. Não serão 20 ou 30 segundos a mais que prejudicarão o atleta no tempo total da prova. 
"No entanto, não é recomendado que o corredor pare totalmente para tomar a água", conta Leonardo. "O corpo precisa estar em movimento sempre, para que os sistemas cardiorrespiratório, neuromuscular e nervoso central continuem ativos durante toda a prova". 
Quantidade ideal 
Segundo o American College of Sports Medicine, o consumo de líquidos durante o exercício deve ser suficiente para evitar que as perdas hídricas ultrapassem 2 % da massa corporal. Por isso, a ingestão de bebidas deve se situar entre 400 mL a 800 mL por hora de atividade. 
Reidratação
"Pesquisas indicam que, para cada 500 gramas de peso perdido durante o treino, deve-se beber pelo menos 500 ml de líquidos para otimizar a reidratação", argumenta a nutricionista Flávia Morais. Para descobrir quanto você perde durante a execução de uma prova, procure ajuda de um preparador físico ou profissional da área.  

Fonte: http://www.confef.org.br/extra/clipping/view.asp?id=221e

Aeróbio engorda....

Atenção você que está fazendo exercício aeróbio para emagrecer: cuidado! voce pode estar engordando...

Primeiro, engordar é ganhar gordura e balanças não estimam a gordura, estimam a nossa massa. ganhar massa pode ser ganhar músculos, não se esqueça disso... saia da nóia dos escravos da balança... gordura se ganha em semanas, e não em dias: ganhos agudos de peso se referem mais à saturação de glicogênio, sal, retenção hídrica e hidratação. ninguem coloca 1kg de gordura debaixo da pele em 24 horas...

Segundo, emagrecer é muito diferente de perder peso. Emagrecer é perder gordura, perder peso é perder gordura, musculo e água. entao cuidado com as dietas loucas de arrancar peso: voce pode estar cultivando aqueles braços moles de dar tchau balançando...

Depois destes esclarecimentos eu vou falar para vocês porque exercício aeróbio pode fazer voce engordar...

Seguinte: a atividade aeróbia estimula a fibra muscular tipo I, cuja característica é ser muito eficiente, ou seja, faz muito trabalho com pouca energia, e uma vez no repouso, gasta pouca energia para se manter, quanse não faz síntese de proteínas contráteis e quando desenvolve, desenvolve mais a maquinaria celular em sua capacidade de oxidação (que pode ser observado pelo aumento do número de mitocondrias) do que em capacidade de gerar força; usa para isso uma fibra nervosa de trânsito lento, a tipo S, que gera menor número de potenciais de ação tanto no repouso quanto no exercício e que vai solicitar cada vez menos a musculatura trabalhada. Ainda, o estímulo aeróbio repetido faz com que fibras tipo 2A (de transição) e eventualmente uma parcela das fibras tipo 2B (brancas e de capacidade de geração de força e explosão) funcionem como fibras tipo I. O que o treinamento aeróbio incompleto acaba causando? uma economia de energia geral, o que é ruim porque energia poupada torna-se energia reservada: gordura!

O que esperar do execício aeróbio eventual sem uma dieta própria e uma metodologia e objetivo de treinamento? Tornar-se um gordinho treinado para maratona... se é o que você quer, siga em frente...

Minha opinião é baseada no que trabalhamos no nosso serviço, adequamos o resultado desejado com a estratégia fisiológica necessária para atingir este resultado: a adequação baseia-se na necessidade de gasto energético do tipo de substrato desejado com o tipo de alimentação necessária para fornecer condições necessárias para que o treino tenha intensidade para poder dar vazão a necessidade de gasto calórico programado. Esqueça os paradigmas atuais: quer emagrecer - faça aeróbio; musculação engorda; engordei porque devo estar com um problema de tireóide, emagreci 7kg de gordura em uma semana... e por aí vamos, nos pegando em dogmas confortáveis, um a um, para esconder nossos próprios erros de uma forma confortável e mais importante: aceita socialmente - até porque a indulgência alheia é um incentivo à nossa auto-comiseração.

Assuma que nao sabe terinar nem comer e leia o que se segue:

Tem um monte de gente fazendo aeróbio, perdendo peso feliz da vida e cultivando um gordinho dentro de si... Tipicamente é aquele tipo que se orgulha do que é capaz de realizar nos finais de semana (afinal ele só corre de sábado e domingo, isso quando está sol), come de qualquer jeito, geralmente sem fazer nenhum tipo de adequação, enche a cara de açucar de frutas e leite e corta carnes achando que está fazendo o maior negócio do mundo e ainda quer que as outras pessoas façam igual a ele.

Sim é uma crítica.

Sabe de exercício quem trabalha com isso. quer comer bem? aprenda: tenha um nutricionista competente e valorize o trabalho dele. Acha que treina certo? Contrate um professor para fazer uma avaliação, só nessa atitude você vai aprender muito - é a função dele: ensinar você a treinar!

Um dia falamos sobre perda de gordura, treino adequado e dieta afinada, mas por enquanto, fiquem curiosos pensando como aeróbios podem - e vão engordar você - se você não souber exatamente o que está fazendo...

Fonte: Paulo Muzy é médico ortopedista-traumatologista especialista em fisiologia e biomecânica esportivas

http://superperformance.blogspot.com.br/2009/02/aerobio-engorda.htm

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Dicas para correr no Inverno.

Entrevista realizada para o site : loverun.com.br

O friozinho vem chegando e o período é o mais perigoso para cair em tentação com a alimentação e ficar com aquela preguiça de ir à academia. Porém, cuidar do corpo e da saúde não deve ser uma preocupação apenas no período em que usamos roupas que mostram mais o físico, pois o corpo precisa ser estimulado sempre para manter sua vitalidade.
Por isso, confira aqui a entrevista exclusiva com Leonardo Lima, fisiologista do exercício da academia Runner.
LoveRun: Quais precauções devem ser tomadas especificamente para correr durante o frio?
1. Faça uma boa série de exercícios de aquecimento antes de correr.
2. Vista múltiplas camadas de roupas. Muitas vestimentas são desenhadas especificamente para correr no frio. Tecido absorvente de algodão deve ser usado colado ao corpo.
3. A lã é um bom isolante e o ajudará a reter o calor corporal mesmo quando molhado. O nylon quebra-vento é bom para ser usado sobre as outras roupas e pode ser retirado e enrolado na sua cintura se você não necessitar mais usá-lo. Faça experiências para descobrir a melhor combinação de roupas para você.
4. Certifique-se de que a sua cabeça e pescoço estão bem protegidos já que um grande volume de calor corporal é perdido nestas áreas.
5. Proteja suas extremidades da exposição para prevenir ulceração produzida pelo frio. Nos estágios iniciais, irá perceber uma sensação de queimação na pele cuja cor ficará vermelha, roxa e então branca. Se você notar uma área sensível e branca, saia do frio imediatamente e procure um médico.
6. Planeje o seu percurso para correr contra o vento no início e a favor do vento na volta.
7. Proteja-se do vento sempre que possível.
8. Conheça os sintomas iniciais de hipotermia; uma sensação de desorientação, perda da coordenação das mãos, fala confusa e dificuldade de caminhar. Se você estiver tremendo, procure logo um lugar quente.
9. Não corra grandes distâncias sozinhas em condições climáticas adversas. Observe se os seus companheiros de corrida apresentam algum sinal de problema provocado pelo frio.
10. Remova a roupa molhada o quanto antes, pois ela aumenta o risco de algum problema provocado pelo frio.
11. Lembre-se de que repor líquidos também é importante quando está frio.
12. Use protetor solar e labial no inverno
13. A corrida perigosa.
LoveRun: O atleta deve se agasalhar mais para assim se proteger do frio ou para suar mais?
As extremidades (Apendiculares- Braços e Membros Inferiores) do nosso corpo são as mais prejudicadas. O corpo humano se ajusta de acordo com o ambiente, sendo com a temperatura baixa o organismo levará mais nutrientes e oxigênio (e outros moléculas) para regiões vitais fisiológicas, como coração e pulmão. O que significa que nas extremidades é normal ter uma vaso constrição de capilares e veias. Portanto use luvas, meias mais aquecidas e secas, tocas próprias para corrida. E é claro, um corta vento de agasalho! Porém com a evolução da corrida a temperatura corporal vai aumentando e muitas vezes é necessário retirar algumas vestimentas. No aspecto da sudorese é importante entender que é um processo fisiológico de regulação térmica. E sendo assim cada ser humano responde de maneira diferente diante desta alteração da temperatura externa e interna (orgânica). Mas suar pouco não significa que o nosso organismo não está se desidratando!
Não se esqueça de usar protetor solar ou cremes específicos para inverno e labial. A baixa temperatura “queima” e agride a pele da mesma forma que no verão.
E após a corrida tire imediatamente a roupa molhada de treino e coloque uma seca. E se agasalhe muito bem!
Outro ponto importante é a gordura, que além de outras funções, é um isolante térmico do organismo. Pessoas com percentual de gordura baixo provavelmente terão mais a sensação do frio, do que pessoas com percentual de gordura mais elevados.
LoveRun: Os treinos devem manter o mesmo ritmo do verão? O que deve mudar?
Quando pensamos em treinamento tem que estar associado ao planejamento. O mais importante nesta etapa do ano é manter a programação pré-estabelecida e seguir. O fato que irá pesar é o desânimo de começar a correr em dias muito frios e com garoa.
LoveRun: No frio sentimos mais fome. Porque isso acontece e como devemos cuidar para não escapar da dieta saudável? Aliás, o cardápio deve mudar nessa época? Como?
O gasto energético nessa época do ano é maior porque o organismo se esforça mais para manter a temperatura corporal dentro dos padrões de normalidade. O aumento da fome é o corpo pedindo mais energia, que é captada através dos alimentos. No entanto o recomendável é não exagerar na alimentação. Procure um profissional da área da saúde/alimentos (nutricionista, endocrinologista) e o mesmo irá adequar da melhor maneira possível a sua alimentação.
LoveRun: Se optar por substituir o treino por atividades em casa, quais as dicas? Games como o Xbox é a solução? Nesse caso, como deve ser feito?
O mais importante é movimentar-se! Como será feito e o tempo a criatividade é que fará a diferença. Mais é importante entender que atividade física é diferente de exercício físico. A atividade física é gastar energia de maneira lúdica e sem algo sistematizado. O exercício prioriza a melhora e manutenção da aptidão física. Além de ser sistematizado e organizado para individualidade na aplicação do mesmo.
Não tem como substituir algo por x ou y em treinamento, pelo simples fato que cada movimento tem sua características, metabolismo envolvido na atividade, e músculos que irão ser mais utilizados.
Mas quando o objetivo é qualidade de vida não fique parado! Não importa o que faça lavar loca, dar banho no cachorro, varrer o chão e etc… Gaste energia!
LoveRun: E o ar seco, como lidar?
O ar seco pode ressecar as extremidades, rachar os lábios e dificultar a respiração, principalmente daqueles que têm doenças respiratórias. A transpiração é maior em casos de temperatura alta e baixa umidade do ar, levando o corredor ao risco de desidratação. A hidratação é feita em quantidade moderada e constante antes, durante e após a corrida. Além disso, roupas leves são fundamentais para facilitar a regulagem da temperatura corporal.

Afinal, o que é preparação física?

Afinal, o que é preparação física?

Por Leonardo Lima

Ao nos depararmos com atletas de alto rendimento nos esportes. Os enxergamos como super homens, em que seus feitos sobrenaturais são demonstrados em recordes e vitórias conquistadas.
Mas por trás destes super homens e mulheres existem uma ciência. A ciência dos esportes em que abrangem a fisiologia, nutrição, bioquímica, biomecânica, treinamento desportivo, psicológico e outras ferramentas fundamentais na construção da maquinaria humana.
No entanto estes pontos citados não são apenas para atletas. Mas sim para todos aqueles que desejam seguir de maneira segura e eficiente, os parâmetros da ciência do esporte na sua rotina de treinos e sonhos almejados.
E a preparação física é um componente do sistema de treinamento do desportista e tem como objetivo propiciar o bom desenvolvimento e aperfeiçoamento em um nível máximo (ótimo) para desempenho na modalidade específica. Para uma melhor compreensão, é necessário definir o termo capacidade física como ponto inicial para uma análise filosófica da categoria capacidade.
Os estudos dos sistemas estão relacionados, antes de tudo, com o esclarecimento dos elementos que os compõem e de sua interligação. Se analisarmos o organismo como um sistema geral, é possível destacar muitos elementos, como estruturas morfológicas, órgãos, etc. os quais ficam, de certa forma, interligados e ordenados. Qualquer que seja a tarefa funcional que o organismo deva desempenhar, ela ocorre graças à interação existente entre seus elementos; essa interação não é livre, mas determinada pela função que o organismo realiza, o que permite destacar o sistema funcional como uma forma de auto-organização que permite reunir seletivamente diferentes órgãos e sistemas do organismo humano visando à obtenção do resultado.
O organismo, ao interagir com o meio ambiente, responde internamente com diferentes capacidades (propriedades). O organismo humano possui uma variedade de capacidades, uma vez que, em diferentes condições de contato com o meio ambiente, revela diversas capacidades funcionais. Dessa forma, essas capacidades do homem podem se definir como o conjunto de propriedades do organismo que se apresentam no processo de sua interação com o meio ambiente. Nesse caso, podem distinguir-se na história do homem algumas propriedades comuns do organismo, com sucesso, determinado tipo e solicitação de tarefa motora. Assim sendo, podemos destacar cinco tipos de capacidades funcionais, reunidas pela noção conhecida como capacidades físicas:
  • Resistência
  • Força
  • Velocidade
  • Flexibilidade
  • Coordenação

Ao estudar as capacidades físicas normalmente os autores procedem de forma didática, analisando-as isoladamente. É importante salientar que essas capacidades, por mais que apresentem seus limites convencionais, não se desenvolvem ou se aperfeiçoam separadamente, mas mantêm entre si e com outras propriedades do organismo humano certas relações e ligações. Esse enfoque na prática se justifica, pois permite ao técnico fazer uma idéia inicial da estrutura de preparação do atleta e definir os caminhos de seu aperfeiçoamento.
A seleção dos meios de treinamento e dos métodos de preparação física deve ser determinada pelas exigências dos sistemas de preparação em longo prazo (muitos anos) da modalidade desportiva e pelo nível do desenvolvimento individual das capacidades fisiológicas do desportista. Dentro desse panorama, podem-se distinguir dois níveis de objetivos para preparação física. O primeiro tem como tarefa propiciar o desenvolvimento multilateral geral das capacidades físicas, o qual se fundamenta na idéia do desenvolvimento harmonioso do homem e no sentido de criação de uma base para o aperfeiçoamento na modalidade desportiva praticada. Para atingir este objetivo, faz-se a opção da preparação física geral. O segundo nível está relacionado com a exigência máxima em relação ao desenvolvimento das capacidades físicas, destacando, assim, a especificidade do gênero da atividade desportiva. Neste caso utiliza-se a preparação física especial.
Portanto o papel do preparador físico é de suma importância na carreira de um atleta e esportista. Este deve ter em mente que em suas mãos está um ser humano. Depositando total confiança de sua vida, e de sonhos almejados.

O que é Treinamento Funcional?

Treinamento Funcional

Por Leonardo Lima

O treinamento funcional não é uma novidade, afinal a funcionalidade do ser humano já foi uma questão de sobrevivência. Seguindo a linha histórica, na mitologia grega é observada a importância de uma plena funcionalidade para sucesso de desafios propostos, como Os doze trabalhos de Hércules. Na Grécia Antiga encontramos os Jogos Olímpicos. Para melhoria da performance os atletas gregos desenvolveram equipamentos e métodos de treinamento específicos para superação de resultados. Esta prática, também foi aplicada na Roma Antiga, entre os gladiadores.
Na atualidade o treinamento funcional, mantém a sua essência como um método de treinamento físico, com a premissa básica de melhoria da aptidão física relacionada à saúde ou melhoria da aptidão física relacionada à performance e prevenção de lesão músculo esquelético. Tem como característica realizar a convergência das habilidades biomotoras fundamentais do ser humano, para produção de movimentos mais eficientes. A vantagem deste método de treinamento é a de atender tanto o indivíduo mais condicionado como o menos condicionado, criando um ambiente dinâmico de treino.
Paul Chek desenvolveu um sistema de treinamento funcional focado nos movimentos fundamentais do homem primitivo e que são executados também no cotidiano do homem moderno, são eles os movimentos de: agachar, avançar, abaixar, puxar, empurrar, levantar e girar.
Algumas linhas de pesquisa sobre treinamento funcional referem-se ao treinamento com instabilidade e/ou treinamento do core. Podemos entender como treinamento do core um programa de exercícios físicos que visa melhorar a capacidade de controlar a posição e o movimento do tronco sobre a pelve e as pernas para permitir uma ótima produção, transferência e controle da força e movimento para o segmento distal, numa cadeia integrada de atividades. Desta forma o produto do controle motor e da capacidade muscular do complexo lombo-pélvico-quadril é a estabilidade do centro corporal (core).

Capacidades físicas do treinamento funcional

O treinamento funcional visa trabalhar as valências físicas de forma equilibrada, entre as valências físicas abordadas pelo método estão:
  • Equilíbrio;
  • Força;
  • Flexibilidade;
  • Resistência;
  • Coordenação;
  • Velocidade.

Treinamento Funcional Aplicado ao Desporto.

Futebol como exemplo:
Identificando os alvos do atleta de futebol para melhor treiná-lo.
Do ponto de vista biomecânico voltado ao futebol, todo gesto motor apresenta instabilidade articular, principalmente dos membros inferiores. A corrida, o chute, o salto para um cabeceio, uma disputa de bola, todos esses movimentos dentre os milhares que existem neste esporte apresentam uma complexidade de sistemas corporais interagindo para que o organismo possa melhor executá-lo sem grandes perturbações e com extrema precisão.
De acordo com BERG (1989) citado por GOLDENBERG & TWIST, o equilíbrio pode ser entendido por três caminhos: a capacidade de manter uma posição, a capacidade para voluntariamente mover-se e a capacidade para reagir a uma perturbação.
Os músculos do corpo apresentam continuamente uma corrente para corrigir os distúrbios no centro de gravidade. Vale ressaltar que, quando o atleta está em pé, o centro de gravidade passa proximalmente e anteriormente à segunda vértebra sacral da coluna e esse ponto se modifica conforme os movimentos do jogo. Sendo assim, posso citar como exemplo o desafio do equilíbrio que força o corpo para frente, quando a base de suporte está nos pés e a cadeia de sistemas que contrapõe esse movimento começa com o tornozelo. Os músculos posteriores do tornozelo e das pernas contrairão para contrapor-se ao movimento, puxando o corpo e conseguindo promover o equilíbrio de modo a levar o ponto gravitacional ao lugar específico do corpo. Se o equilíbrio está forçando para trás, os músculos anteriores da perna serão contraídos e o trabalho para puxar as costas para o centro de gravidade se realizará.
Outro exemplo disto é quando o atleta realiza o chute. Nesse momento o peso do corpo é suportado somente por uma perna. Há um incremento do desafio do equilíbrio lado a lado do pé que está apoiado, no qual seguirá de pronação e supinação desta articulação neste membro. Em alguns instantes, o equilíbrio do corpo será muito forte nesta região para reagir contra o desafio do equilíbrio. Quando isso acontece, o atleta passa a usar não só os músculos que envolvem a articulação do tornozelo, mas também os músculos das pernas, quadris e costas para contrapor-se ao movimento.
Para treinar o equilíbrio sem perturbações e até aumentar sua performance, é necessário observar um conjunto de sistemas complexos motores e sensoriais. É importante enfatizar que antes do início deste treinamento, o atleta deve estar com força e flexibilidade bastante desenvolvidas. Desta maneira, as capacidades funcionais corporais podem ter muitos benefícios para um melhor desempenho atlético. Dentre os sistemas motores estão presentes: as qualidades físicas corporais (força, potência, resistência ) e o tônus da base. Em relação aos sistemas sensoriais temos: o sistema proprioceptivo, o sistema visual, o sistema vestibular e o sistema de controle motor. Este último pode ser entendido também como um sistema motor.
Portanto, ao treinar nosso corpo, devemos pensar que ele é um sistema interligado. Cada músculo tem receptores para avaliar as posições relativas ao espaço e a todo o equilíbrio corporal. Eles estarão em comunicação, interligando informações para tentar produzir um dado movimento. Isso acontece desde que todos os sistemas funcionem em harmonia para as exigências corporais desse esporte, podendo o atleta, estar livre de incômodos (dores articulares, ligamentar etc.). Para isso é necessária uma alta treinabilidade.

Conclusão

Concluo, afirmando que o termo treinamento funcional na atualidade está mais relacionada mais ao marketing comercial, e nada de ciência do treinamento desportivo.
As aplicabilidades dos treinos funcionais fazem parte da elaboração na preparação física de um indivíduo, dentro de um contexto desportivo conhecido como periodização.
Quando pensamos no conceito preparação física estamos nos referindo na especificidade no qual este esporte carrega. Ou seja, quais são as capacidades físicas determinantes e auxiliares, qual é o metabolismo envolvido, quais são as ações musculares no gesto e qual é biomecânica envolvida. E A PARTIR DISTO PODEMOS AFIRMAR QUE ESTA SENDO APLICADO O TREINAMENTO FUNCIONAL NO CAMPO DO TREINAMENTO DESPORTIVO.
No demais o treinamento funcional aplicado sem a especificidade, elaborada e aplicada no momento incorreto no planejamento (periodização). Não passa de movimentos aleatórios e sem eficiência alguma no campo da ciência do treinamento desportivo.
P.S: A aplicabilidade do treinamento funcional no campo da saúde e prevenção, estaremos elaborando um artigo em breve.