quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Corra ! Matéria da revista Dia a Dia.


Robson Pereira ganhou a maratona Foto:Tiago Silva 
Pé ante pé, em compasso marcado. A respiração vai ficando mais intensa e os pensamentos se misturam à paisagem. O coração começa a bater acelerado e gotas de suor vão deslizando aos poucos pela face, por todos os poros. São mais ou menos essas as sensações de quem se entrega à corrida, atividade que tem conquistado número crescente de adeptos Brasil afora. Porém, as mudanças não são apenas físicas. As emoções se alteram também. Quem corre com frequência diz que o bem-estar é indescritível. “A gente se sente feliz”, garante Bruno Paulino, 24, que se dedica ao esporte há sete anos. Essa alegria que Bruno afirma sentir impulsiona a busca de novos desafios e faz a maioria dos pretensos corredores não querer parar mais de correr. A justificativa não tem a ver apenas com paixão, mas com uma reação química que ocorre no corpo durante a prática esportiva. Várias substâncias são liberadas enquanto o organismo está ativo. Uma delas é o cortisol, hormônio capaz de aliviar a ansiedade e o estresse.
 
Estudo recente realizado pela Universidade de Bonn, na Alemanha, também chegou à conclusão de que há aumento na liberação de endorfina em partes do cérebro de atletas. “Ela é produzida na hipófise e liberada para o sangue juntamente com outras substâncias, como o GH (hormônio do crescimento) e o ACTH (hormônio adrenocorticotrófico), que estimula a produção de adrenalina e cortisol. Daí a sensação de bem-estar”, explica a psicóloga Ana Cristina Fraia.
De fato, Bruno não parou mais. O que era apenas diversão virou objetivo de vida. Ele corre cerca de 15 quilômetros por dia e já obteve boas marcas de tempo em diversas competições. Ficou entre os primeiros na disputa do Shopping Center Norte e também na corrida de dez quilômetros do Graacc (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer), que reuniu mais de 8.000 pessoas no Parque do Ibirapuera, na Capital, além de ter ajudado sua equipe a alcançar o quarto lugar na Maratona de Revezamento do Pão de Açúcar deste ano. Várias metas alcançadas com uma só ação: correr.
 
PARA SE INSPIRAR
Para saber se você tem vocação de Forrest Gump (personagem, interpretado por Tom Hanks no cinema, que testemunhou momentos importantes da história norte-americana percorrendo a Terra do Tio Sam de ponta a ponta), antes de tudo é preciso identificar em si duas importantes características: força de vontade e determinação. Quem afirma é o atleta Adriano Bastos, 34, que ganhou inúmeras medalhas com a prática esportiva. Afinal, não é de uma hora para outra que os benefícios aparecem e, além disso, as primeiras tentativas podem ser bastante cansativas. Mas nada que um pouco de persistência não resolva.
Adriano começou por acaso, incentivado pelos irmãos. “Eles corriam e me levavam junto. Em uma delas (competições), estava ocorrendo uma prova infantil. Acabei participando e terminando em terceiro lugar. Então, percebi que levava jeito.”
A paixão pelo esporte não demorou a surgir. E Adriano passou a correr atrás de mais desafios. Dedicou-se ao triatlo por muitos anos até fechar patrocínio com o Pão de Açúcar em 2000. “O João Paulo Diniz foi meu maior incentivador.”
 
Hoje, o atleta não tem descanso. Corre nos sete dias da semana. Em média, 25 quilômetros por dia. Para Adriano, o interesse da sociedade pela atividade aumentou de forma relevante nos últimos tempos. “Antes, era para os pobres, por ser esporte barato. Hoje, empresários praticam também.”
“As pessoas estão buscando qualidade de vida através da corrida por ser um esporte democrático e em ascensão”, opina outro grande nome da modalidade, Vanderlei Cordeiro de Lima, que encontrou no atletismo a oportunidade de viajar, evoluir na vida e mudar o próprio comportamento. “Quando você entra neste mundo, torna-se mais competitivo.” A psicóloga Ana Cristina Fraia concorda. O esporte desenvolve capacidades importantes no convívio social, inclusive o espírito competitivo. “Isso ocorre através de um contato social maior, de objetivos tangíveis que vão sendo alcançados à medida que a pessoa se envolve no esporte.”
Outro grande benefício de qualquer prática esportiva é a possibilidade de conhecer pessoas, lugares e assuntos, o que acaba  movimentando a vida de forma diferente. E mais: a endorfina, associada a todas essas circunstâncias, também ajuda a fortalecer a autoestima. “Amadurecidas pelas amizades e pelas situações vividas, como a participação em provas e treinos especiais, além das conquistas físicas, as pessoas passam a se sentir mais confiantes”, afirma a psicóloga.
 
PRIMEIROS PASSOS
Já é sabido que o esporte traz benefícios à saúde, evitando o acúmulo de gordura nas artérias; melhorando o funcionamento do metabolismo; fortalecendo a musculatura, o sistema cardiovascular, ossos e articulações; e favorecendo a perda de peso – já que uma hora de atividade pode queimar até 800 calorias. Porém, para que haja resultado, é preciso que a corrida seja levada a sério e praticada, no mínimo, três vezes por semana, segundo o cardiologista Nabil Ghorayeb. Os benefícios, no entanto, não aparecem de um dia para outro. É preciso persistir. “Quem faz exercício regularmente só observa resultados na saúde depois de cerca de 14 semanas”, explica. A avaliação médica também é necessária, antes de qualquer coisa, com ênfase aos resultados do exame de eletrocardiograma e consulta clínica especializada com médicos do esporte.
 
O segundo passo é encontrar um bom par de tênis. O calçado deve ser confortável, ter revestimento macio e ser produzido com tecido que permita manter os pés arejados. Por fim, verifique a anatomia de seu pé e qual o sapato que tem as características mais adequadas para você (veja quadro na página 40). “Quando for comprar um tênis, esqueça a ideia de que ele vai lacear, porque até que isso aconteça você já desistiu dele”, orienta o ortopedista Sidney Schapiro. Os pés, tornozelos e joelhos são as partes do corpo que ficam mais expostas durante a atividade física. Por isso, é preciso ficar atento para não sofrer contusões. “São nestes lugares que as lesões se tornam mais frequentes”, diz o ortopedista Rogério Teixeira da Silva, que considera o aquecimento imprescindível à prevenção de torções: “Dedique dez minutos para alongamento e trote leve antes do treino”, recomenda.
 
Como o corpo de cada um é diferente, deve-se observar como ele reage ao novo exercício e respeitar limites. O ideal é que o iniciante comece andando. “A caminhada é fundamental no início para que as adaptações ocorram de maneira saudável e correta”, explica o preparador físico Leonardo Lima.
 A caminhada deve ser realizada em intensidades distintas, podendo-se aumentar a amplitude da passada, fazer subidas e até testar diferentes tipos de piso, como grama ou terra. O volume, que é a duração em minutos, deve ser acrescido de acordo com a evolução do praticante. “O mais importante nesta etapa inicial é ter número mínimo de três sessões por semana, com tempo de 20 a 45 minutos cada.”  A corrida é uma etapa posterior a esta inicial. E novos ajustes na intensidade e no volume terão de ser feitos. “A corrida só será eficiente se o indivíduo tiver ótima base no processo da caminhada”, conclui Lima.
 
O ideal é que o primeiro treino dure 20 minutos; o segundo, 25 a 30 minutos; e o terceiro, 30 a 35 minutos. Sempre em dias alternados da semana. Procurar auxílio de um educador físico pode ser interessante porque ele vai montar uma planilha de treinos para o ritmo do seu corpo. Quando se sentir preparado para dar mais um passo, além da caminhada, então é hora de iniciar a corrida. A princípio, vale intercalar 30 segundos de corrida com dois minutos de caminhada. Depois, à medida que o organismo se adapta, dá para aumentar o tempo de corrida e diminuir o de  caminhada. Mas tudo de acordo com seu próprio limite.
 
CORRER PARA SUPERAR
Às vezes, a corrida surge como oportunidade de evoluir, de encontrar novos caminhos, seja para quem precisa aliviar o estresse do cotidiano, seja para aqueles que procuram melhores opções na vida. O grande ganhador da última edição da 20ª Maratona Pão de Açúcar de Revezamento, Robson Pereira, 24, que levou ao pódio a equipe de atletas da Gran Cursos Exército, começou a correr aos 16 anos por curiosidade, no embalo dos amigos que já eram adeptos do esporte. Mas não só isso. A prática esportiva era uma chance de se alimentar melhor: “Quando íamos treinar, a gente recebia lanche”, diz, lembrando do começo de vida humilde. 
O garoto, que morava em Piquete, no interior paulista, e teve o pai como grande incentivador, não imaginava que iria brilhar naquele domingo. “Não esperava sair com a vitória, mas sabia que podia ter bom resultado.” Sonho realizado: levou o primeiro lugar.
 
MULHER NA PISTA
20ª Maratona Pão de Açúcar Foto: Tiago Silva
Maria Bernadete Cabral, 32, é pernambucana e corre desde os 20 de idade. Moradora de São Bernardo há cerca de três anos, treina três vezes por semana na pista do Centro de Treinamento do Clube BM&F Bovespa, em São Caetano. Diz que começou por vontade própria e também por acreditar que um dia poderia mudar de vida através do esporte. “Mas não é fácil, tem que ter força de vontade.”  
 
O treino é pesado e exige mais persistência dela por ser mulher. Afinal, o corpo feminino apresenta algumas desvantagens em relação ao dos homens. Há menos sangue oxigenado a ser disponibilizado aos músculos, por exemplo. A quantidade de hemoglobina também é 10% menor que a dos homens, assim como o transporte de oxigênio, o que poderá ser fator limitante em atividades de longa duração. Talvez por isso, Maria Bernadete se sinta mais à vontade em corridas de curta distância. O corpo feminino também possui menor massa magra (30% menos que os homens) e 10% mais gordura corporal. Portanto, há menor desenvolvimento da força muscular e maior sobrecarga durante a corrida. 
 
O ciclo menstrual ainda pode afetar o desempenho. E as diferenças não param por aí: o tendão calcâneo – parte importante para impulsão e velocidade durante a corrida – é mais curto. O quadril, mais largo, também diminui a eficiência mecânica porque mantém os joelhos mais próximos um do outro. Logo, a mulher gasta mais energia para correr.
No entanto, nem tudo é desvantagem para o sexo feminino. E a questão ainda é controversa. Apesar de todas as características listadas acima, pesquisas têm apontado ascendência  no desempenho de corredoras em  provas de longa distância por conta do   hormônio estrógeno, que torna os músculos menos propensos à fadiga. Estudo feito pela Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, e apresentado no último encontro da Sociedade Americana de Fisiologia, em Portland, revelou que, embora tenham menos massa, a resistência muscular das mulheres é três vezes superior à dos homens. A pesquisa também mostra que o fato de a pressão sanguínea e o ritmo cardíaco serem mais baixos  contribui para que o sexo feminino apresente maior resistência em atividades aeróbicas. 
 
Os estrógenos, de novo, podem explicar essa vantagem, que já começa a ser comprovada nas marcas registradas em corridas de longa distância. Embora, nas provas atuais de 42 quilômetros das maratonas, o homem do grupo de elite chegue cerca de dez minutos antes que a mulher, essa diferença vem diminuindo sensivelmente nas últimas décadas. Para se ter ideia, com o tempo que uma mulher faz a maratona hoje, ela venceria a prova masculina nos Jogos Olímpicos de 1952.
De qualquer forma, o importante é priorizar o treino adequado de preparação física da mulher. O desenvolvimento de capacidades biomotoras (como força, flexibilidade e velocidade) deve compor o treinamento para que a atleta obtenha sucesso no objetivo e, principalmente, diminua o risco de lesões. 

REPONDO ENERGIAS!
Comer corretamente é outra forma de potencializar os bons resultados da prática esportiva e melhorar o desempenho. Para otimizar a ingestão e o gasto calórico, alimente-se duas horas antes de correr com alguma fonte de proteína, como queijo branco, iogurte desnatado ou suco de soja (confira ao lado uma sugestão de cardápio apropriado a quem pratica corrida). “Essa proteína é importante para evitar que a massa magra seja consumida durante o treino”, explica a nutricionista Alessandra Nunes.
Cerca de 30 minutos antes da corrida, opte por uma fruta, já que o açúcar presente naturalmente nela auxilia o corpo a manter-se com energia, evitando quedas de glicose no sangue e melhorando o rendimento A água também é fundamental para regular a temperatura do corpo. Além disso, uma boa hidratação evita fadiga e a diminuição do desempenho. “A ingestão de água varia de pessoa para pessoa, mas é aconselhável que se consuma no mínimo 30 ml para cada quilo de peso corporal. Ou seja, se você pesa 70 quilos, precisará em média de 2,1 litros de água”, explica a nutricionista.
 
Em todas as etapas, é importante manter o nível adequado de hidratação. Deve ser consumido de 250 a 500 ml de água 30 minutos antes da corrida. E durante o exercício, cerca de 150 ml a cada 15 minutos. “Após o término do treino, é sempre importante ficar atento à balança. Pese-se sempre antes de começar a atividade e após. O volume perdido é o que deve ser reposto. Por exemplo, se perdeu 1 quilo, ingira 1 litro de água.”  As bebidas que contêm carboidratos são boas opções para quem corre mais de uma hora, já que mantêm a hidratação e a reposição de açúcar no sangue, que lentamente vai sendo perdido durante o treino. Assim, alguns produtos específicos, como a maltodextrina (um açúcar do milho) e o waxy maize (extraído do amido de milho), podem ser boas estratégias para aumentar a ingestão de líquidos e manter o organismo do atleta com bons níveis glicêmicos. Os repositores hidroeletrolíticos (contendo sódio e potássio) também são boas pedidas, principalmente em dias muito quentes, quando a perda de suor se acentua. Esses produtos devem ser usados ao término do exercício. 
 
Fonte: http://www.diaadiarevista.com.br/Noticia/9749/corra/

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

GH e o Cortisol X Corrida de rua


  O Hormônio do Crescimento (GH) e secretado pela glândula pituitária anterior e estimula a liberação de IGF-1 pelo fígado. O GH age na lipólise e no cres
cimento muscular. Na corrida, o GH agira no processo de aumento de desempenho pela melhora na utilização das enzimas aeróbias para o exercício.
O Cortisol em excesso, causa degradação protéica. Ele e liberado devido a estresse, ma alimentação e cargas excessivas de treino que estimulam a glândula pituitária anterior (hipófise), que da comando ao córtex adrenal para que o libere. Os atletas desidratados apresentam maiores índices de cortisol.
O efeito positivo, relaciona-se a ajuda no fornecimento de oxigênio e energia, estimulando o coração e o cérebro.

 

Palestrante sobre o novo curso de E.Física - Senac






Palestra sobre Treinamento desportivo aplicado a corrida de rua.


Curso de Gestão em Assessorias Esportivas


Curso de Treinamento Funcional aplicado ao esporte




Curso de Treinamento de Força


Curso de Corrida de Rua - Uniban




sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Congresso Brasileiro de Personal Training em março de 2013.

Estarei como Palestrante no Congresso Brasileiro de Personal Training em março de 2013.

O tema : Treinamento Concorrente

Agradeço o gestor Marcos Tadeu pelo convite.

Um grande abraço e espero ter a sua presença neste dia

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A obesidade infantil e a importância do exercício físico






  

                                               
                                                     Escola X Educador Físico

    A obesidade infantil torna-se um sério problema de saúde pública, que vem aumentando em todas as camadas sociais da população. Prevenir a obesidade infantil significa diminuir de uma forma racional à incidência de doenças crônico-degenerativas. Na sociedade, a escola é um local importante onde esse trabalho de prevenção pode ser realizado, através de atividades interdisciplinares que foquem nos conhecimentos sobre saúde, com estímulos para a prática de exercícios físicos fora da escola e melhoria dos hábitos alimentares.
    A escola é sugerida como o local mais apropriado para as intervenções relacionadas à saúde, já que é o local mais acessível para crianças e adolescentes.A escola e a educação física escolar devem oferecer uma educação voltada para a saúde, já que se identificam com interesses relacionados à saúde pública.
    Sendo a obesidade uma preocupação da saúde pública, é necessário proporcionar às crianças conceitos relacionados à aptidão física, atividade física e saúde.
    A aptidão física é entendida como a capacidade geral do indivíduo e seu rendimento e disposição para um determinado trabalho (WEINECK, 2003). E conceituado como a saúde individual, sendo relacionada a fatores hereditários, ambientais e de estilo de vida. Para ser um indivíduo saudável é necessário ter equilíbrio nos hábitos alimentares, no nível de estresse e nas atividades físicas da vida diária. Exercício físico pode ser entendido como uma atividade física planejada e estruturada de maneira sistemática que tem como objetivo promover mudanças em alguns dos componentes da aptidão física.Dessa forma, é importante ressaltar a diferença entre os conceitos de exercício físico e atividade física, pois o segundo termo é conceituado como qualquer movimentação corporal que tenha um gasto calórico acima do repouso.
    A escola é a porta de entrada para encorajar o aumento da atividade física na vida diária e estimular o exercício físico regular na vida de uma criança e, por isso, o professor de educação física tem a responsabilidade de além de apresentar os fundamentos esportivos a uma criança ou adolescente, mostrar a importância do exercício físico em sua vida como uma forma de prevenção da obesidade e outras doenças.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

LESÕES MAIS COMUNS ENTRE OS CORREDORES E ESPORTISTAS BISSEXTOS



Por Dra. Ana Paula Simões


Os atletas bissextos, ou mais conhecidos como "atletas de fim de semana”, são os tipos mais comuns de praticantes de atividades físicas na população

, já que não praticam com a frequência adequada, ou somente no sábado e/ ou domingo. São aqueles que na segunda-feira vem ao consultório com dores musculares, ou então muito provavelmente sentindo dificuldade em andar e agachar, além de sentir a perna pesada, dura ou até mesmo “cansada”. Isso sem falar nas lesões!

Nestes casos, as lesões esportivas acabam sendo diferentes quando comparadas aos dos atletas de alto nível ou até mesmo os amadores que praticam regularmente, os quais tem uma planinlha de treinamento e fazem um trabalho de fortalecimento e preparo físico adequados.

Quando questionados no consultório sobre o esporte que praticam comumente a resposta é: “Eu ando no fim de semana no parque, passeio com o cachorro na rua, limpo a casa toda, ando muito para chegar no trabalho, ou jogo uma pelada com os amigos toda semana!". São algumas das frases comuns que ouço como resposta.

Estamos falando sobre isso porque a falta de treinamento adequado expõe esses “atletas" à lesões ainda mais complicadas do que as que já conhecemos. Essa coluna pretende falar com todos os tipos de atletas, inclusive os de fim de semana, para alertar a todos e, quem sabe, prevenir o acontecimento de lesões que prejudicam a saúde e performance.

Hoje em dia, o atleta profissional sofre com a carga de treinamentos e o atleta de fim de semana sofre com a falta de condicionamento físico, que é um fator de sobrecarga diária que compromete o rendimento e potencializa a lesão. Essas lesões podem ser divididas quanto ao tempo, em "agudas" e "crônicas", e quanto ao mecanismo, em "traumáticas" e "atraumáticas".

Lesão aguda tem duração curta e surge rapidamente. Lesão crônica é de longa duração e ocorre de forma persiste e lenta.

- As lesões agudas são lesões geralmente traumáticas súbitas e intensas que ocorrem imediatamente, ou dentro de algumas horas e provocam dor súbita. A maioria das dores agudas resultam de impacto ou trauma como queda, entorse ou colisão, sendo bastante óbvia a causa da lesão provocando inflamação: dor, vermelhidão, calor, inchaço (edema).

- Lesões crônicas, por outro lado, podem ser sutis e de desenvolvimento lento. Por vezes surgem e desaparecem, e podem provocar uma dor pouco menos intensa. Normalmente são resultado de excesso de uso, mas também podem desenvolver-se quando uma lesão aguda não é tratada de forma apropriada. Ou mantem-se a prática inadequada do esporte.

- As lesões traumáticas são provenientes de um trauma causado por contato direto ou indireto. Representam a maioria dos acidentes em esportes como futebol, basquete, vôlei, tênis, corrida, etc, por causa da natureza dinâmica, da colisão, dos desníveis do percurso e de alta velocidade desses esportes. Estas lesões variam de contusões, passando pelos estiramentos e as rupturas musculares, fraturas, entorses luxações e até concussões.

- As lesões atraumáticas são aquelas causadas principalmente por sobrecarga nos tecidos como as tendinitis, canelites, fasceites e as famosas bursites

Fonte : http://web.taktos.com.br/new/index.php?option=com_content&view=article&id=117%3Alesoes-mais-comuns-entre-os-corredores-e-esportistas-bissextos&catid=43%3Alesoes-no-esporte&Itemid=76

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Musculação para crianças e adolescentes




Apesar de estarmos no século XXI, ainda existem pessoas, e entre elas até professores de Educação Física, que teimam na proibição de crianças e adolescentes quando se trata de praticar musculação.
Uma das frases que mais escuto é: “A musculação vai fechar a epífise dos ossos e atrapalhar o crescimento” e quando pergunto quem falou isso as respostas são sempre a mesma “Ouvi falar” ou “Dizem”.
Ora, “Ouvi Falar” e “Dizem” não são estudiosos de Anatomia, e nunca vi nenhum artigo deles. 
Em português não existem muitos trabalhos científicos sobre os efeitos da musculação em crianças, mas entre os que eu conheço, cujas fontes cito abaixo, não encontraram nenhuma prova que possa proibir uma criança ou adolescente de praticar musculação.
Pelo contrário, nos resultados da pesquisa de LOPES, Andrei Guilherme (2002) consta: “Por outro lado, pôde ser observada uma alteração significativa nos resultados dos testes antropométricos e motores realizados nas crianças da amostra, onde foi possível constatar um incremento nas capacidades físicas necessárias para o dia a dia”
Aliás, temos um problema, não em relação à criança, mas sim em relação aos pais, que levados pela enxurrada de informações sem bases científicas impedem seus filhos de praticar uma atividade muito benéfica no desenvolvimento das habilidades motoras dos seus filhos.
E mais alguns benefícios que crianças e adolescentes podem ter na prática da musculação foram listados por RISSO et all (1999):
1) aumento da força muscular
2) melhora nos testes motores de aptidão física e performance
3) melhoria no desempenho esportivo
4) diminuição de ocorrência de lesões
5) melhoria no desempenho atlético
6) manutenção da saúde
7) redução do estresse emocional
8) redução no tempo de recuperação de lesões
9) auxiliar na prevenção de doenças músculo-esqueléticas
10) aumento da auto-estima, imagem e consciência corporal
11) melhora nas medidas de composição corporal
12) diminuição da pressão sanguínea de adolescentes hipertensos
13) melhoria nos níveis de lipídios sanguíneos
14) diminuição da gordura corporal
No trabalho de Andrei Guilherme Lopes foi feito um exame radiológico dos cotovelos e joelhos das crianças selecionadas, devidamente autorizado pelos pais, depois as crianças passaram por um período de 4 semanas de adaptação ao treinamento e logo a seguir, 12 semanas de treinamento de força com 80% da carga máxima avaliada pelo teste de repetição máxima proposta na literatura por Roberts & Weider 1995.
Após esse período, as crianças repetiram as avaliações radiológicas e foram comparados os resultados pré e pós-treinamento de força, ficou claro que não houve alterações das epífises dos ossos longos.
O que pode realmente atrapalhar o crescimento seria uma lesão na epífise dos ossos longos, e é mais fácil uma criança se lesionar jogando bola com seus amigos do que numa sala de musculação sob uma supervisão competente.

No entanto, qualquer criança ou adolescente normal corre, salta e arremessa e nem por isso deixa de crescer, o problema está no excesso, na orientação inadequada e até na falta de atividade física, pois é ela que acelera o crescimento longitudinal, a espessura dos ossos, a liberação da testosterona e do hormônio de crescimento.
Esses benefícios são ainda mais evidentes na musculação. Fatos comprovado na literatura por Risso et all 1999, Weineck 1999 e Fleck & Kraemer 1999.
É lógico que não quero dizer que as crianças e adolescentes possam sair por aí fazendo musculação de qualquer jeito,  alguns cuidados devem ser tomados e em primeiro lugar está a avaliação médica. A criança deve estar física e psicologicamente preparada.
Em segundo lugar temos que encontrar academias onde os equipamentos possam ser adequados ao tamanho das crianças e que disponham de profissionais capacitados a ensinar as técnicas corretas de execução dos exercícios.
Algumas questões precisam ser levadas em consideração antes que a criança ou adolescente inicie um programa de treinamento de força:
Estar fisicamente e psicologicamente preparada para treinar.
Qual programa ela deve seguir.
Conhecer as técnicas corretas dos exercícios.
Os assistentes conhecem os procedimentos de segurança.
A criança/adolescente conhece os procedimentos de segurança.
O equipamento se ajusta a criança/adolescente.
O programa de força é equilibrado, ou seja, participa de atividades cardiovasculares e pratica outros esportes.
Cada sessão de treinamento dura de 45 à 60 minutos com a realização de três sessões por semana. O período de adaptação deverá ser de aproximadamente 4 semanas.
Orientações básicas para progressão dos exercícios de força para crianças de acordo com a faixa etária.
de 5 a 7 anos: exercícios básicos com pouco ou nenhum peso desenvolvendo o conceito de uma sessão de treinamento; ensinar as técnicas dos exercícios; utilizar o peso do corpo para alguns exercícios; exercícios com parceiros e cargas leves; volume baixo de treinamento.
de 8 a 10 anos: aumentar gradualmente o número de exercícios; praticar técnica de todos os levantamentos; iniciar incremento gradual, progressivo e de carga nos exercícios; manter exercícios simples; aumentar o volume de treino lentamente; monitorar a tolerância ao stress no exercício.
de 11 a 13 anos: ensinar todas as técnicas básicas dos exercícios; aumentar o peso gradativamente nos exercícios; enfatizar a técnica nos exercícios; introdução de exercícios avançados com pouca ou nenhuma carga.
de 14 a 15 anos: programa de força mais avançado progressivamente; incluir componentes específicos do esporte; enfatizar a técnica e aumentar o volume.
de 16 anos ou mais: nível inicial de programas para adultos depois que toda a experiência anterior tenha sido ganha.
Obs.: Se uma criança em uma determinada faixa etária não tem experiência anterior a progressão deve ser iniciada em níveis anteriores, e depois para níveis mais avançados conforme a tolerância ao exercício, a destreza e o entendimento permitirem. (FLECK & KRAEMER, 1999).
Para que programa de força tenha sucesso deve ficar claro para os praticantes e assistentes as expectativas e objetivos realistas, evitando, por exemplo, criar a perspectiva do aumento do volume muscular em crianças que ainda não possuam maturação para tal “acontecimento” fisiológico. Também alertá-las para evitarem a concorrência com outros colegas de treino, pois as adaptações ocorrem em ritmos diferentes. Deve ficar claro que o propósito do treinamento é estimular o potencial genético de cada um em relação a aptidão física.” 
Finalmente, a musculação para criança e adolescente  é  uma atividade física, que embora os estudos provem que ela seja até benéfica, ainda é tratada como vilã do crescimento por pais e professores de educação física mal informados, e apenas a informação correta é capaz de derrubar esse tabu, portanto,  passe o conhecimento adiante.

Fontes:
LOPES, Andrei Guilherme. Possíveis alterações epifisárias em função do treinamento de força muscular em pré-puberes. 2002. Monografia (Curso de Educação Física) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina. 2002. 38p.
MACHADO, Dalmo Roberto Lopes. Maturação esquelética e desempenho motor em crianças e adolescentes. 2004. 91 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.
FLECK, Steven J. Fundamentos do Treinamento de Força Muscular – 2ª edição – Porto Alegre – R.S. – Editora Artes Médicas Sul Ltda – 1999;
MCARDLE, William D., Katch I. Frank & Katch L. Victor. – Fisiologia do Exercício. Energia, Nutrição e Desempenho Humano – Ed. Guanabara Koogan S. A. – 4ª edição – Rio de Janeiro R.J. 1998;
ZATSIORSKY, Vladimir M. – Ciência e Prática do Treinamento de Força – São Paulo – S.P. – Phorte Editora Ltda, 1999.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Palestra na UNINOVE - dia 13/11/2012

 Palestra na UNINOVE - dia 13/11/2012

 TEMA: 

" Drogas,Esporte e Sociedade. O papel do Educador Físico dentro deste contexto."  






segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Curso de Preparação Física

Certificação em Preparação Física para esportes individuais e coletivos " 

DIA 09/10 DE MARÇO DE 2013 

Um conteúdo atual e inovador!


... Treinamento desportivo
... Treinamento Concorrente
... Treinamento das Capacidades Biomotoras (condicionantes e coordenativas)
.... Estudo das Capacidades Biomotoras
.... Interconexão das capacidades Biomotoras
... Periodização
... Aula na prática no Parque Villa-Lobos (dia 10)
... e muito mais.

Local da aula teórica: Sábado

Rua Teerâ 935 - Vila Leopoldina

Aula Prática : Domingo

Parque Villa Lobos

Informações : leonardo@rhcorrida.com
http://preparadorfisicoleonardolima.blogspot.com.br/

Investimento : R$ 120,00

Abraços.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Running Health Training System




Running Health
                        Training System


O objetivo é direcionar todo o planejamento de treinamento com individualidade total.

1) Passo : Qual é o seu objetivo?

1)      RH
                  Training for Health

           Este programa é direcionado para os que objetivam a saúde. Cardiopatias, diabéticos, obesidade mórbida, distrofia muscular, osteoporose, melhor idade e outros disfunções fisiológicas.


2)      RH
                  Training for Aesthetics          
     
           Este programa é direcionado para os que almejam melhorar a aparência física. Perda de gordura localizada, aumento da massa muscular e estética de maneira geral.   


3)      RH
                  Training for Performance


            Este programa é direcionado para desempenho esportivo seja amador ou profissional. Atuamos em esportes coletivos e individuais com planejamento eficiente e funcional.


4)      RH
                  Training for Children
 

            Este programa é direcionado para crianças e jovens entre 2 a 17 anos. Desenvolvimento motor através do lúdico chegando a melhoras das capacidades físicas.


5)      RH
                 Functional Training
    

            Este programa é direcionado para as melhoras das capacidades físicas atuando na especificidade do seu esporte ou qualidade de vida.

 
     2) Passo : Avaliação Física e Funcional


    Através da nossa avaliação funcional e física iremos atuar de maneira individualizada na prescrição de treinos.
    Esta avaliação é focada unicamente no seu objetivo. Cada programa de treinamento terá avaliações específicas. Estas serão novamente realizadas em períodos programados para ver a evolução do treinamento.

   As avaliações CORTESIA da RH Training System!
 

    3) Passo : Local de treinos      


      Academias, clubes, parques, residência e local de trabalho. Em caso de academias e clubes verificar taxas de profissionais externos.


      Não perca mais tempo...
                                         Pratique atividade física com quem se preocupa com você! 

             Você + Preparador Físico Personalizado + Dedicação = 100% resultados alcançados.



Contato: (11)99491-3028/ 96542-9573


    Prof.Msd.Leonardo Lima
        Cref.023.984G/SP
     Fisiologista do exercício
        www.rhcorrida.com







sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Alegria de Ensinar





Ensinar é um exercício de imortalidade...

De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra.

O professor, assim, não morre jamais...

“lembrem-se de que vocês [educadores] são pastores da alegria, e que a sua responsabilidade primeira é definida por um rosto que lhes faz um pedido: ‘Por favor, me ajude a ser feliz... ”


Rubem Alves (Alegria de Ensinar)...

Ao educador recomendo ler e refletir sobre Rubem Alves... Sua vida não será a mesma se você realmente for um vocacionado...

Leonardo Lima