segunda-feira, 22 de abril de 2013

Fadiga Neuromuscular e Exercício Físico






Fadiga Neuromuscular e Exercício Físico

Segundo Ascensão, et al. (2003), o tecido muscular é capaz de produzir força quando ativado. A incapacidade de produção de força de forma repetida é caracterizado como fadiga neuromuscular, sintoma que pode durar por vários dias ou semanas.
As causas da fadiga muscular durante o exercício podem ser de origem central (regiões corticais e sub-corticais do cérebro ou de origem periférica (tecido muscular esquelético). A fadiga periférica é o decréscimo da força contrátil, que independe da condução do impulso neural, já o resultado da alteração do imput neural que chega ao músculo, traduzida como a fadiga central (DAVIS; BAILEY, 1997).
Já a fadiga de origem central, se traduz numa falha voluntaria ou involuntária na condição dos impulsos, na qual, pode ocorrer uma redução no numero de unidades motoras ativas e diminui a freqüência de disparo dos motoneuronios (STARCKHOUSE, et al., 2000)
Segundo Santos; Dezan; Sarraf (2003) a fadiga esta relacionada a diminuição do conteúdo muscular de glicogênio, associado a deficiência energética, devido a exercícios de alta intensidade.
A fadiga neuromuscular pode ser considerada um mecanismo de defesa ou de aviso contra possíveis efeitos deletérios que possam afetar a integridade das fibras musculares. (ASCENÇÃO et al., 2003)

O tipo de fibra muscular também apresenta influencia na distribuição de fadiga. As fibras de contração rápida se fadigam mais facilmente que as fibras de contração lenta alem do que as fibras do tipo I apresentam a ressintese de glicogênio mais rápido durante a recuperação após um exercício intenso. (FOSS; KETEYIAN, 2000).
Desta maneira, Powers; Howley (2000) concluem que a fadiga pode ser definida como incapacidade para manter durante o exercício físico, o nível de determinados parâmetros de produção muscular, e sua origem depende de alguns fatores como; tipo de fibra solicitada, estado de especificidade de condicionamento físico dos sujeitos, relação entre intensidade, freqüência e duração, ou modo de estimulação para a contração.



REFÊRENCIAS

ALMEIDA, G.T; ROGATTO, G.P. Efeitos dos métodos pliométricos de
treinamento sobre a força explosiva, agilidade e velocidade de deslocamento
de jogadoras de futsal. Revista brasileira de Educação física, esporte, dança, v.2,
n1, p.23-28.

ASCENÇÃO, A. et al. Fisiologia da fadiga neuromuscular: Delimitação
conceptual, modelos de estudo e mecanismos de fadiga de origem central e
periférica. Revista Portuguesa de ciência do esporte. Portugal, v.3, nº1, p.108 –
123, 2003.

BARBANTI, V. J. Treinamento Físico: bases científicas. São Paulo: CLR Balieiro,
1986.

BELL,G.J; et al. Effect of strength training and concurrent strength and
endurance training on strength testosterone and cortisol. Journal of strength and
conditioning research, v 11, n1 ,p.57- 64, 1997.

BYRNES, W.C. et al. Delayed onset muscle soreness following repeated bouts
of downhill running. Journal of Applied Physiology. v. 59, n. 3, p. 710-5, 1985.

CLEARY, M.A. et al. Temporal pattern of the repeated bout effect of eccentric
exercise on delayed-onset muscle soreness. Journal of Athletic Training. v. 36, n.
1, p.32-6, 2002.

DANTAS, E. H. M. A prática da preparação física. 5. ed. Rio de Janeiro: Shape,
2003.

DAVIS, J.M.; BAILEY, S.P. Possible mechanism of central nervous system
fadigue during exercise. Med. Sci Sports Exerc. v. 29, n.1, p.45-57, 1997.

DESLANDES,R. et al. Principios de fortalecimento muscular: aplicaciones em el
desportista. IN: SIMONNET, J. Medicina física. Paris: Elsevier. 2003:1-10.

DALLEAU, G.A.; BELLI, A.; BOURDIN, M.; LACOUR, J.R. The spring-mass model
and the energy cost of treadmill running. European Journal of Applied Physiology.
v. 77, n.3, p. 257-263, 1998.

DUDLEY, G.A. and FLECK, S.J. Strength and endurance training: Are they
mutually exclusive? Sports Med. 1987; 4(2): 79-85.

DOCHERTY, D.; SPORER, B. A proposed model for examining the interference
phenomenon between concurrent aerobic and strength training. Sports
Medicine, v. 30, n. 6, p. 385-394, 2000.

FOSS, M.L; KETEYIAN, S. J. Bases fisiológicas do exercício e do esporte. 6 ed,
Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2000.

GARRETT JÚNIOR, W. E. Muscle strain injuries. The American Journal of Sports
Medicine, v.24, n.6, p.2-8, 1996.

HAKKINEN, K. et al. Neuromuscular adaptations during concurrent strength and
endurance training versus strength training. European Journal Applied
Physiology, v. 89, n.1, p. 42-52, 2003.

HASS, C.J. et al. Concurrent improvements and cardiorespiratory and muscle
fitness in response to total body recumbent stepping in humans. European
Journal Applied Physiology, v. 85, n.1-2, p. 157-163, 2001.

HICKSON R.C. Interference of strength development by simultaneously training
for strength and endurence. European journal applicad physiology. 1980; 45:255 –
263.

HOWATSON, G.; VAN SOMEREN, K.; HORTOBÁGYI, T. Repeated bout effect
after maximal eccentric exercise. International Journal of Sports Medicine. v. 28, p.
557-63, 2007.

LIEBER, R.L.; SHAH, S.; FRIDÉN, J. Cytoskeletal disruption after eccentric
contraction-induced muscle injury. Clinical Orthopedic. v. 403, p. S90-S9, 2002.

McARDLE, W. D; KATCH. F. I; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia,
nutrição e desempenho humano. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

McHUGH, M.P. et al. The role of passive muscle stiffness in symptoms of
exercise-induced muscle damage. The American Journal of Sports Medicine. v.
27,n. 5, p. 594-9, 1999.

MILLET, G.P., JAOUEN, B., BORRANI, F. and CANDAU, R. Effects of concurrent
endurance and strength training on running economy and VO2 kinetics. Med.
Sci. Sports Exerc. 2002; 34(8): 1351–1359.

MIYAMA, M.; NOSAKA, K. Protection against muscle damage following fifty
drop jumps conferred by ten drop jumps. Journal of Strength and Conditioning
Research. v. 21, n. 4, p. 1087-92, 2007.

MOURA, N, A; MOURA, T,F,P. Princípios do treinamento em saltadores:
implicações para o desenvolvimento da força muscular. In: I Congresso sul-
americano de treinadores de atletismo. Manaus, 2001.

NELSON, A.G; et al. Consequences of combinig strength and endurance
training regimens. Physical Therapy, v.70, n.5, p.287 – 294, 1999.

NOSAKA, K. et al. How long does the protective effect on eccentric exercise-
induced muscle damage last? Medicine in Science Sports and Exercise. v. 33, n.
9, p. 1490-5, 2001.

PAAVOLAINEN, L. et al. Explosive-strength training improves 5-km running time
by improving running economy and muscle power. Journal of Applied
Physiology. v.86, n.5, p. 1527-1533, 1999.

POWERS, S.K.; HOWLEY, E.T. Fisiologia do exercício: Teoria e aplicação ao
condicionamento e ao desempenho. 3.ed. São Paulo: Manole, 2000.

ROSSI, L. P.; BRANDALIZE, M. Pliometria aplicada à reabilitação de atletas. Rev.
Salus-Guarapuava – PR. Jan./jun. 2007; 1(1):77 – 85.

ROWLANDS, A.V.; ESTON, R.G.; TILZEY, C. Effect of stride length manipulation
on symptoms of exercise-induced muscle damage and the repeated bout
effect. Journal of Sports Sciences. v. 19, p. 333-40, 2001.

SILVERTHORN, D. U. Fisiologia Humana: uma abordagem integrada. 2 ed.
Barueri: Manole, 2003.

SOUSA, M. S. C. Academias de ginástica: planilha para a aplicação do
treinamento no âmbito de suas atividades. In.: Silva, F. M. (org.). Treinamento
desportivo: aplicações e implicações. João Pessoa: Editora Universitária/ UFPB,
2002.

STACKHOUSE, S.; DEAN, J.; LEE, S.; BINDER-MacLOAD, S. Measurment of
central activation failure of the quadriceps femoris in healthy adults. Muscle
and nerve 23: 1706-1712. 2000

WILK,K.E.; et al. Stretch-shortening drills for the upper extremites: Theory and
clinical application. Journal of orthopaedic and sports physical therapy,1993,17(5):
225-39. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário