terça-feira, 9 de abril de 2013

O que é "Canelite"?

O que é "Canelite"?

Chamada de canelite, a síndrome da tensão tibial medial é comum nos praticantes de corrida que estão começando ou exageram nos treinos.
Você está fazendo aquele longão ou participando de uma prova que sonhou há tempos, quando sente a sua canela doer, como se não pudesse pisar no chão. Popularmente conhecida como canelite, a síndrome da tensão tibial medial (STTM) é comum nas pessoas que praticam corrida, principalmente nos iniciantes que ainda não se adaptaram às atividades, ou que exageram no ritmo e na intensidade dos treinamentos.


A STTM é definida como dor e desconforto na perna, causada pela corrida praticada de forma repetitiva numa superfície dura ou por uso excessivo dos flexores do pé. É a inflamação do principal osso da canela, a tíbia, que leva a dor na região póstero – medial da perna dos dois terços distais da tíbia (veja na figura acima). Condição também conhecida como síndrome do sóleo.

* Alterações biomecânicas;
* Aumentos súbitos na intensidade do treinamento e duração;
* Alterações no calçado e superfície de treinamento;
* Lesões de partes moles;
* Falta de alongamento;
* Anormalidades na inserção muscular.

A prevenção é a chave do sucesso de um praticante de atividade física:

- Caminhar por pelo menos cinco minutos antes de iniciar a corrida, para aquecer o corpo;
- Seguir o planejamento dos treinamentos, com atividades de preparo físico, alongamento, fortalecimento muscular, equilíbrio muscular e postura;
- Usar um tênis de corrida adequado à pisada e à forma do pé;
- Ter uma alimentação equilibrada, pois a deficiência de certos nutrientes pode acelerar a perda óssea;
- Respeitar os períodos de descanso para a recuperação do corpo;
- Evitar aumentos bruscos na intensidade e duração dos treinos;
- Ter cuidado com o ‘overtraining’, pois o excesso de treino é lesivo ao corpo.

Após a realização de alguns exames complementares, dá para constatar o nível da lesão. Na ressonância magnética, pode ser evidenciado um edema periosteal, indicando a periostite de tração. A cintilografia óssea pode mostrar lesões longas longitudinais chegando a um terço do comprimento do osso.

A maioria das síndromes é de tratamento conservador. Faz-se necessário repouso relativo de dois a quatro meses, mantendo o condicionamento físico com atividades sem impacto e indolores como bicicleta e natação.

A indicação cirúrgica só ocorre após dois períodos de repouso e do retorno às atividades com a repetição dos sintomas. Procure um ortopedista na área desportiva !

Nenhum comentário:

Postar um comentário