O que é "Canelite"?
Chamada de canelite, a síndrome da tensão tibial medial é comum nos
praticantes de corrida que estão começando ou exageram nos treinos.
Você está fazendo aquele longão ou participando de uma prova que sonhou
há tempos, quando sente a sua canela doer, como se não pudesse pisar no
chão. Popularmente conhecida como canelite, a síndrome da tensão tibial
medial (STTM) é comum nas pessoas que
praticam corrida, principalmente nos iniciantes que ainda não se
adaptaram às atividades, ou que exageram no ritmo e na intensidade dos
treinamentos.
A STTM é definida como dor e desconforto na
perna, causada pela corrida praticada de forma repetitiva numa
superfície dura ou por uso excessivo dos flexores do pé. É a inflamação
do principal osso da canela, a tíbia, que leva a dor na região póstero –
medial da perna dos dois terços distais da tíbia (veja na figura
acima). Condição também conhecida como síndrome do sóleo.
* Alterações biomecânicas;
* Aumentos súbitos na intensidade do treinamento e duração;
* Alterações no calçado e superfície de treinamento;
* Lesões de partes moles;
* Falta de alongamento;
* Anormalidades na inserção muscular.
A prevenção é a chave do sucesso de um praticante de atividade física:
- Caminhar por pelo menos cinco minutos antes de iniciar a corrida, para aquecer o corpo;
- Seguir o planejamento dos treinamentos, com atividades de preparo
físico, alongamento, fortalecimento muscular, equilíbrio muscular e
postura;
- Usar um tênis de corrida adequado à pisada e à forma do pé;
- Ter uma alimentação equilibrada, pois a deficiência de certos nutrientes pode acelerar a perda óssea;
- Respeitar os períodos de descanso para a recuperação do corpo;
- Evitar aumentos bruscos na intensidade e duração dos treinos;
- Ter cuidado com o ‘overtraining’, pois o excesso de treino é lesivo ao corpo.
Após a realização de alguns exames complementares, dá para constatar o
nível da lesão. Na ressonância magnética, pode ser evidenciado um edema
periosteal, indicando a periostite de tração. A cintilografia óssea pode
mostrar lesões longas longitudinais chegando a um terço do comprimento
do osso.
A maioria das síndromes é de tratamento conservador.
Faz-se necessário repouso relativo de dois a quatro meses, mantendo o
condicionamento físico com atividades sem impacto e indolores como
bicicleta e natação.
A indicação cirúrgica só ocorre após dois
períodos de repouso e do retorno às atividades com a repetição dos
sintomas. Procure um ortopedista na área desportiva !
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